terça-feira, novembro 21, 2006

A vida e um mal digno de ser gozado (Pantaleao)



O "João-Pestana" abandonou-me... deixou-me de luz acesa, na embriaguez da lucidez :-/
Decidi escrever em silêncio nocturno... é a única perspectiva que tenho... oiço Miles Davis - "Old Folks" (um pequeno apontamento de anestesia)...

Neste princípio de insónia reencontro a balbúrdia do dia e confesso... aguardo, ansiosamente, a intimidade perdida do sono/sonho...

Concentrando-me em pequenas palavras... faço uma breve reflexão deste Inverno que se aproxima... os dias estavam demasiado bonitos para continuarem... apesar da chuva ser sempre apetecível... e o frio dispensável. As noites querem-se demasiado escuras sem nevoeiros com deslumbramentos respiráveis... refinadas armadilhas para cair em batimentos inquietos do coração.

"Rasgo" páginas atafulhadas, linhas compridas... parágrafos compactos em margens que até fazem faltar o ar... recuo em tempo e mastigo imagens, de resolução média, iluminadas por bandas sonoras intemporais...

Silêncio... que o frio me entristece... deixa-me vulnerável, sem filtros, ao olhar indiscreto das ruas por onde passo... revolta-me às lágrimas ver o que vejo nelas...

Novembro em Lisboa... uma frase solta à beira de sol quente, que parece ter beijado a pele... pela última vez... até à próxima... pelo menos com aquela intensidade!

Há, que ajustar, cada vez mais... lentes grossas aos "óculos" para descortinar consciências poeirentas e continuar...

..."Breathing Light" (Nitin Sawhney) em repeat e acompanhar os olhos vermelhos que tenho de cansaço ... :-)

Apago a Luz, já é tarde!!!

6 Comentários:

Blogger . disse...

'as noites querem-se demasiado escuras sem nevoeiros com deslumbramentos respiráveis... refinadas armadilhas para cair em batimentos inquietos do coração'
noite sim :)

22 de novembro de 2006 às 19:59  
Anonymous Anónimo disse...

Um autêntico fado. Tem noite, tem penumbra, tem destino e até nostalgia.

23 de novembro de 2006 às 11:42  
Anonymous Anónimo disse...

Finalmente.

24 de novembro de 2006 às 22:11  
Anonymous Anónimo disse...

ler-te é sempre deslumbramento, como quem descobre pela primeira vez a magia das palavras e se encanta nelas.
Minha muito querida irmã, oxalá a felicidade te apanhe desprevenida já ao virar da esquina.

28 de novembro de 2006 às 16:39  
Blogger apereira disse...

ler-te é ter na memória um abraço quentinho com cheiro a limão e jasmim... em jeito de fusão; lágrima na lágrima. Tenho tantas saudades tuas mana... mas guardo-te muito perto de mim. Tu serás sempre Tu. Este lugar é teu para sempre :-)

28 de novembro de 2006 às 21:48  
Blogger apereira disse...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

28 de novembro de 2006 às 21:49  

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