sexta-feira, junho 09, 2006

Cookies & Cream


Ora bêm... que bela dupla... Negreiros e Pessoa...
José Augusto França presenteia-nos com este livro "José e os Outros" em que a capa é ilustrada com uma das obras que mais gosto de Almada Negreiros... (aliás o título do livro está em comunhão com a própria imagem - "Auto-retrato entre outros")
Já estive de olho aberto a passear pelas páginas deste livro... (tenho que ir ao Jumbo - Fnac fica mais longe e implica 'desgraçamentos' monetários-... fazer lista... hummmmmmm: livro de Mário Zambujal e este... ah... e Macadamia Nut Brittle 500ml...) e apetece mergulhar como o Dr. Who ou o H.G. Wells numa máquina de tempo e recuar... decalcando calçada a calçada nesta abordagem histórico-romântica, por entre as mãos da noite, dos café, clubes, conversas, bohémices (existe isto?)... entre figuras tão interessantes como fervilhosas da nossa sociedade mais clássica... ai, o tempo...

Eis a sinopse... ou um ajuntamento crítico de palavras...


"Início dos anos 20. A cidade do Chiado e do Rossio, dos cafés e dos clubes, fervilhava de agitação. Mas, para José de Almada, regressando de uma estada em Paris em 7 de Abril de 1920, tudo se lhe afigurou ainda «mais pequenino» do que quando partiu. Na bagagem, a pasta de desenhos que nunca (o) abandonará, a lembrança dos companheiros que iria voltar a encontrar (ou não), e a sua «Revolução Individual». À sua frente um período simultaneamente agitado e fecundo, com termo a 6 de Abril de 1927, altura em que partirá para Madrid. Dele fazem parte as meninas da Junqueira e Pierrot e Arlequim, O Menino de Olhos de Gigante, A Invenção do Dia Claro, a Judite do Nome de Guerra, as famosas telas da Brasileira e a polémica dos Painéis de S. Vicente. Neste segundo romance histórico de José-Augusto França depois de A Bela Angevina, Almada e Pessoa lideram um desfile de personagens que o autor pretendeu dotar de carácter tão histórico quanto possível e que inclui, entre outros, o Viana, o Barradas, o Soares, o Stuart, o Falcão, o Teles das «telas tolas» e o criado de mesa João Franco, que tornam esta incursão pelos meandros intelectuais e artísticos da Lisboa do pós-guerra um fresco fidedigno do momento histórico balizado pela Noite Sangrenta de 19 de Outubro de 1921 e pela Revolução de 28 de Maio de 1926."

há uma curiosidade ...Em 15 de Junho de 1970, José de Almada Negreiros, morre no Hospital de São Luís dos Franceses, no mesmo quarto em que tinha morrido Fernando Pessoa.

Boas leituras...